José Régio é considerado um dos grandes vultos da moderna
literatura portuguesa.
Em 1919 licenciou-se no curso de Filologia Românica (Português e Francês) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Em 1927, José Régio iniciou a sua carreira de professor no Liceu Alexandre Herculano (Porto). No ano seguinte, foi transferido para o Liceu Mouzinho da Silveira, em Portalegre, onde leccionou durante 34 anos.
Recebeu em 1966, o Prémio Diário de Notícias e, em 1970, o Prémio Nacional da Poesia.
Hoje em dia, as suas casas em Vila do Conde e em Portalegre são casas-museu.
Porquê esta reflexão? Fiquei impressionada com o li em "Algumas observações e impressões feitas durante o meu ano de prática pedagógica (2º ano de português)" in Isabel Cadete Novais - José Régio Itinerário Fotobiográfico. S.I: INCM, 2002, p. 96
" Começara eu a dar aulas com a impressão antecipada de que uma aula de português deveria constar:
1º de leitura;
2º de exposição e explicitação do texto;
3º análise gramatical e lógica, etc...
assim me tinham dado aulas a mim.
(...) Agora que eu era professor, eu reconhecia que esta mecanização do ensino não só provocava, e justamente o tédio dos alunos, como também o do professor.
(...) eu pensava que o enfado dos alunos numa aula - é uma grande parte justa acusação feita ao professor ... e ao programa"
Para reflectirmos... Será possível, que após tantos anos ainda se continue a utilizar esta metodologia com a qual, José Régio em 1927, já achava que a mecanização do ensino provocava o tédio aos alunos?